Introdução à Teoria da Interatividade
Soluções Interativas
Como sabemos, o objetivo das soluções interativas é inserir o utilizador numa realidade virtual o mais parecida possível com a realidade, ou com o cenário que o criador/programador pretender criar.
Para avaliar uma solução interativa é necessário estar atento a vários aspetos desta, como o objetivo que a solução tem, a sua qualidade e verossemelhança, bem como a estimulação dos outros sentidos acessíveis (ainda não é possível estimular o paladar virtualmente), principalmente através do som e de forças e vibrações. É também necessário avaliar posteriormente o efeito físico e psicológico que o sistema teve no utilizador, de modo a atingir o impacto pretendido neste.
Assim, há vários aspetos a ter em conta na criação do espaço virtual, entre eles a plataforma que receberá o ambiente, o tipo de imersão pretendido, a qualidade na criação visual do ambiente e até a própria solução interativa a desenvolver. Depois, recorre-se a alguns programas que facilitam a criação da solução interativa.
Ferramentas para Criação de Soluções Interativas
O Virtus Walkthrough foi o primeiro programa desenhado para criar um modelo 3D da realidade. Inicialmente dirigido a diretores, fotógrafos e arquitetos, este programa permitia criar um modelo virtualmente, de modo a evitar falhas no produto real, poupando tempo e dinheiro.
O DI-Guy é um programa que tem como objetivo criar soluções para variadas situações de trabalho, desde funcionários de aeroporto até soldados. É exatamente esta profissão que está representada no vídeo, que mostra as funcionalidades deste programa no treino de profissionais.
O Gizmo 3D concentra-se mais nos projetos de arquitetura, permitindo aos arquitetos visualisar as suas criações virtualmente, obtendo um nível de interação superior com a sua obra, podendo depois verificá-la e corrigir falhas de desenho, invisíveis num desenho em papel.
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O Unity é um motor de jogo bastante utilizado. No entanto, ao contrário do que o nome “motor de jogo” possa indicar, continua a ser um programa com o intuito de criar uma realidade virtual, diferindo apenas das outras soluções por ser completamente dirigido à criação de jogos de vídeo. Prima também por ser muito polivalente, sendo compatível com o iOS da Apple, o Android, a Xbox 360, a Playstation 3, a Wii U, entre outros.
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Conhecido por ser relativamente simples de utilizar e muito polivalente, sendo compatível com vários sistemas operativos, o CAVELib é das soluções interativas mais utilizadas. Criado para criar ambientes imersivos em 3D, um dos melhores exemplos do programa é o projeto CAVE.
Veja-o aqui:
Todos estes programas, aparentemente diferentes, têm um objetivo comum, independentemente da sua finalidade ser treino de profissionais, arquitetura ou puro lazer, o seu objetivo é criar uma alternativa à realidade.
Verificamos que apenas há alguns anos os simuladores tinham uma qualidade bastante má, ou seja, assemelhavam-se pouco à realidade. No entanto, com o avanço da tecnologia informática, os simuladores estão muito próximos da realidade, constituindo, como vimos, uma alternativa viável à realidade. Mais que isso, constatamos que, atualmente, a tecnologia está em simbiose como mundo físico, chegando não só a simuladores de ponta, mas também a usos muito práticos e mundanos.
Não acredita? Ora veja por si: a multinacional de mobiliário sueca IKEA criou um simulador virtual, de modo a que os seus possíveis clientes possam criar a sua divisão da casa virtualmente, e a possam modificar de inúmeras maneiras, tudo virtualmente e sem custos.
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